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Sir Blue

A vida pelo meus olhos.

Autorretrato

sempre a divagar
        devagar
           e sempre

Infinitividade

ser chorar acordar mamar cagar mijar chorar correr cair levantar chutar beber rasgar comer conhecer ler contar ouvir jogar videogame passear envergonhar revoltar dormir passar de ano apaixonar escrever perder chorar decidir nadar crescer estudar mudar conhecer fazer sexo estudar trabalhar nadar amar ver mudar mudar também perder chorar beber formar conversar trabalhar crescer nadar sair ganhar dinheiro viajar amar sofrer sofrer mais fazer sofrer pedir perdão trabalhar nadar encaixar desencaixar sofrer chorar ir sentir frio respirar bere un caffè aprender fazer amizades apaixonar correr trabalhar nadar despedir sentir saudade sorrir chorar esperar no aeroporto voar olhar ser olhado fotografar tirar a roupa sentir saudade facilitar beber comer fazer um chá acender entrelaçar ir confundir acertar pintar errar sofrer voltar chorar mudar beber voar visitar chover bere altro caffè esperar chorar sofrer trabalhar confiar conhecer ir sorrir sentir saudades voltar decidir escrever ler escrever aprender trabalhar consertar esperar responder perdoar a mim mesmo.

#12

                   túnel sem
        poema rima
sem saída

Sobre a morte

A língua portuguesa chega a ser tão engraçada que sorte rima com morte. Sorte de quem está morto. Não tem nenhuma preocupação. Apenas o silêncio. O morto tem dois aniversários. Coitado de quem morre no mesmo dia que nasceu. Como nascer no dia do Natal. Eu quero morrer e não deixar nada. Quero que as pessoas sigam normalmente suas vidas. Lembrem-se que fui uma pessoa boa. Sem críticas. O diploma, a carreira e o arrependimento acabam junto com a morte. Serei homem morto com aniversário de morte, quando pessoas jogarão flores em mim. Por favor, não joguem flores em mim, deem para alguém ainda vivo. Sigam em frente, corram para chegar em tempo no trabalho. Fiquem estudando até mais tarde para aquela prova. Levem seus filhos para a aula de natação após a escola. Não lembrem dos mortos. Lembrem de suas ideias. Discutam ideais, não pessoas. Digno ou não, quero morrer e deixar um pensamento…

…algo que ainda não pensei na verdade.

#11

Today was full of darkness
Eclipsed by the light
Conflicted by the harshness
Of duty over right.

My heart is broken sadness
Reflected from my sight
Reaching for some gladness
Escaping from the blight.

I fell into an ocean
And moved from wave to wave
Turbulent emotion
Without a soul to save.

I reached out for a hand
To save me from my pain
They didn’t understand
And I was lost again.

So my bittersweet conclusion
Is that nothing is for me
Life is but exclusion
And dreams that cannot be.

Poema de minha flatmate Selina.